AMSTERDAM e sua agitação \o/

Nas primeiras horas em que estive passeando pelas ruas centrais Amsterdam tive uma quase-certeza: seria atropelada por uma bicicleta. Ainda bem que não fui!!!! 🚲🚲🚲 As ruas são lotadas de ciclistas vagando por todos os lados, dezenas de bicicletas estacionadas pelas pontes e o piso em um único nível em alguns trechos me deixava perdida, sem saber se era via de pedestres, bicicletas, carros ou até de bondes. A verdade é que Amsterdam é conhecida pelo elevado número de bicicletas e esse é um passeio tradicional para explorar a cidade, algo que eu não fiz devido à minha baixa habilidade no veículo e ao fluxo intenso. (Fun fact: por lá é comum sentar-se ereto na bike, diferente da posição inclinada mais comum por aqui.)

Fiquei hospedada no Red Light District, região famosa pelas vitrines de prostituição. As ruas ficam bem movimentadas em todos os horários, há muita agitação, mas as vitrines me pareceram algo "para turista". Em frente, pessoas curiosas que querem apenas ver como é, muitos grupos de adolescentes rindo do ambiente e bem poucos "comemorando" a saída dos que efetivamente entraram na cabine. Por falar nisso, se tem algo que notei em Amsterdam é que a cidade é super agradável, os residentes super receptivos (precisei pedir favor a uma pessoa na fila de uma loja e ela foi super simpática, assim como as demais pessoas com quem tive contato), mas alguns turistas são bem desagradáveis: homens jovens europeus que vão para a cidade com foco na ideia de liberação de prostituição e drogas e andam pelas ruas achando que podem interagir de maneira desrespeitosa com quem encontram pelo caminho. Ao meu ver, esse tipo de turista estraga um pouco a experiência na cidade e já li algo sobre opiniões parecidas.

Os bairros centrais têm paisagens muito bonitas e como a área central não é muito grande, é possível caminhar até muitos dos lugares mais atrativos. Considerei Amsterdam uma cidade cara considerando alimentação e tickets de museus e atrações (por ter saído de várias cidades com museus muito interessantes e gratuitos, filtrei os passeios e deixei alguns de lado). Por lá comecei a fazer os Free Walking Tours, um modo super atraente e econômico de conhecer os principais pontos das cidades e conversar com gente interessante pelo caminho. Recomendo sempre que possível, logo no primeiro dia disponível, para aprender a se localizar melhor e descobrir os pontos de interesse para retorno futuro. 

Em Amsterdam não se pode deixar de mencionar a Anne Frank House, ponto de memória do holocausto judeu. Para acesso, peguei uma fila bem grande, então recomendo pesquisar meios mais tranquilos de entrada. Como o local é pequeno, o acesso é bastante controlado, o que é responsável pelo tamanho da fila e também faz com que a visita não possa ser explorada em detalhes nem fotografada. Ainda assim, recomendo a visita, pois é um local icônico devido à sua história e com muitas informações adicionais. Assim como o Rijksmuseum, museu nacional e onde fica o famoso letreiro "I Amsterdam", tão copiado em todas as partes do mundo. A praça é muito bonita, a caminhada até lá foi bem agradável, mas saiba que a famosa foto vai exigir paciência e aceitação de uma série de pessoas como coadjuvantes.

Como disse anteriormente, o Natal foi em Paris e quando falava para as pessoas que iria passar o Réveillon em Amsterdam sempre me diziam que eu iria amar, que era uma cidade super animada e perfeita para a ocasião, diferente de outras cidades que não possuem qualquer atividade especial na data. Pois esqueceram que eu sou brasileira, já passei a virada em Copacabana e moro em uma uma cidade que, atualmente, tem uns 5 dias de festa de Ano Novo e uns 15 minutos de espetáculo de fogos de artifício. Pois no dia D me arrumei, não lembro bem como descobri o local de comemoração, mas segui o fluxo da multidão e lá, descobri que o acesso não era pago, apenas controlado. Era um píer, com um letreiro com nome da cidade, som de DJ ao longo da noite, lotado, porém com pessoas que pouco dançavam. Passei parte da noite me balançando para espantar o frio e outra parte encolhida perto de uma estrutura para me proteger do frio. Próximo da meia-noite, DJ fez a contagem regressiva, fogos estouraram no ar e... uns 10 minutos depois o local já estava vazio, com todo mundo saindo ordenadamente a partir das 00:01😲😲

Para além da festa, as feirinhas foram muito interessantes para conhecer a cultura local, itens, objetos e comidas tradicionais. O clima geral da cidade é bastante agradável, ideal para apreciar as paisagens da natureza e, especialmente, dos canais.