"Anne" with an E de Green Gables - resenha de livro e série

Esse post pode ser considerado alguns anos atrasados, mas a história de Anne me impactou a ponto de eu ainda considerar ser relevante tratar dela. 

Em 2017 (o tempo está voando, nem parece que já se passaram 6 anos😲), a Netflix lançou a série "Anne with an E" que foi um sucesso de críticas desde o início e comecei a assisti-la algum tempo depois, acho que quando já havia sido lançada a segunda temporada. 

A série canadense conquistou um público empolgado com a emocionante história de Anne. No entanto, o que era de desconhecimento de alguns, é que a série era baseada em livros, e a história, publicada inicialmente em 1908, já era muito famosa por lá, mas ainda pouco conhecida no Brasil. Uma sequência de 6 livros, acompanhados de mais tantos outros escritos pela própria autora e depois por outro autor, acompanhando a vida de outros personagens presentes na história original.

Falando brevemente da história, temos como personagem principal Anne Shirley, uma garotinha órfã que vai parar na casa dos irmãos Marilla Cuthbert e Matthew Cuthbert, que inicialmente buscavam um menino para ajudá-los a cuidar da fazenda de Green Gables, na cidade de Avonlea. Ao conhecerem a menininha magra, ruiva e com sardas, ela acaba por conquistar os corações de ambos e fica na casa.

Série: "Anne with an E"

Exibição: Netflix

Temporadas: Três, 2017 a 2020

Elenco: Amybeth McNulty, Geraldine James, R. H. Thomson, Lucas Jade Zumann, Dalila Bela

Status: Concluída 

Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐

Iniciei pela série, que contou com um total de 3 temporadas e cujo cancelamento foi alvo de diversas campanhas para salvamento, infelizmente, sem sucesso. Com o sucesso da série para televisão, as vendas dos livros dispararam e era possível comprar toda a coleção por um preço bem atrativo, o que me fez quase comprar o box. Ainda bem, decidi ler o primeiro volume disponível no Kindle Unlimited e, para minha surpresa (e decepção 😔) não gostei tanto.

Livro: "Anne of Green Gables", de Lucy Maud Montgomery 

Edição: Amazon Classics (2017) - 161 páginas

Publicação Original: 1908

Nota: ⭐⭐⭐

Na minha opinião, a principal diferença é que os livros são realmente voltados para crianças, enquanto a série consegue atingir um público mais velho. Além disso, o olhar contemporâneo da série conseguiu atingir outras questões que não estão inclusas no livro, tais como o SEXISMO, que se destaca pela luta de Anne e suas amigas pelo direito ao estudo das meninas, exercício de profissões e liberdade para realizar quaisquer atividades que queiram e, de maneira bem mais breve, o RACISMO, com a chegada do personagem Sebastian, que se torna vizinho e amigo de Anne e sua família e uma discussão muito sensível da questão INDÍGENA no Canadá, cujo domínio da igreja católica foi responsável pela catequização forçada, aculturação e até mesmo morte de diversas meninas indígenas, como representado pela personagem Ka’kwet, que se torna amiga de Anne.

E você, já assistiu à série? Leu o/os livro/s? Me conta o que achou da história.